Datas comemorativas e identidade nacional
Texto de opinião
Os alunos das turmas A e C do 10º ano foram desafiados, pelo professor João Paulo Reis, a redigir um texto de opinião sobre a importância de que se revestem as datas comemorativas para manterem vivos na memória coletiva acontecimentos com relevância social, política ou cultural.
O ponto de partida foi a afirmação de Manuel Alegre: “Outros povos têm como datas nacionais as datas de batalhas, conquistas ou simplesmente da sua própria fundação. Só Portugal fez da data da morte de um poeta o seu dia nacional.”
passado de um povo e de uma pátria deve ser comemorado e relembrado de forma ativa até aos dias de hoje, já que teve um papel completamente estruturante e fundamental para o presente do país. Deste modo, Portugal também deve obedecer a este dever, tal como faz há décadas.
Por um lado, devemos celebrar os acontecimentos, tanto políticos como sociais, que mudaram o rumo do país e, assim, tornaram possível o seu estado atual. Disto temos como exemplo o dia da Restauração da Independência, que marcou o retorno do controlo do trono português ao próprio país. Este golpe de estado revolucionário trouxe com ele valores como o patriotismo e a identidade que nos haviam sido roubados pelos espanhóis.
Por outro lado, também deve ser motivo de comemoração a memória de personalidades que fazem parte da História do próprio país, porque, por exemplo, o tornaram conhecido no estrangeiro ou, simplesmente, protegeram a pátria. Um dos portugueses que cumpriu estes dois papéis foi Luís de Camões. Porém, este não se limitou a combater e a viajar pelo mundo. O poeta documentou os acontecimentos e desafios que os portugueses alcançaram e, além disso, contribuiu para o enriquecimento da nossa literatura e o desenvolvimento da língua portuguesa. Desta forma, foi criado um dia em sua memória, o da sua morte, intitulado Dia de Portugal para mostrando a importância da intervenção desta personalidade no nosso país.
Concluindo, a homenagem tanto a acontecimentos estruturantes como a pessoas memoráveis e que viveram a sua vida em função da pátria é imperativa. O passado e a História do país tornaram possíveis direitos e estruturas políticas que temos atualmente, além de terem mantido a sua identidade e distinção como território autónomo vivo.