Visita dos símbolos da JMJ Lisboa 2023
No dia 4 de outubro, os símbolos das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) visitaram a escola Dr. Manuel Laranjeira.
Trata-se de um encontro de jovens de todo o mundo com o Papa. O local onde se realiza vai mudando de cidade e de continente a cada edição. É o Papa quem escolhe a diocese que irá acolher cada JMJ e a edição em 2023 acontecerá na cidade de Lisboa, entre os dias 1 e 6 de agosto.

As Jornadas Mundiais da Juventude contam com dois símbolos que as representam e que sempre as acompanham: a Cruz Peregrina e o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani. Nos meses que antecedem cada jornada, os símbolos fazem uma peregrinação pelas Dioceses do país organizador.
Com 3,8 metros de altura e feita em madeira, a Cruz, construída a propósito do Ano Santo, em 1983, foi confiada por João Paulo II aos jovens, no Domingo de Ramos do ano seguinte, para que fosse levada por todo o mundo. Desde aí, iniciou uma peregrinação que já a levou aos cinco continentes e a quase 90 países. Esta Cruz tem sido encarada como um verdadeiro sinal de fé.
Foi transportada a pé, de barco e até por meios pouco comuns como trenós, gruas ou tratores. Passou pela selva, visitou igrejas, centros de detenção juvenis, prisões, escolas, universidades, hospitais, monumentos e centros comerciais. No percurso enfrentou muitos obstáculos, desde greves a dificuldades de transporte, como a impossibilidade de viajar por não caber em nenhum dos aviões disponíveis.
Tem-se afirmado como um sinal de esperança em locais particularmente sensíveis. Em 1985, esteve em Praga, na atual República Checa, na altura em que a Europa estava dividida pela cortina de ferro, e foi aí sinal de comunhão com o Papa. Pouco depois do 11 de setembro de 2001, viajou até ao Ground Zero, em Nova Iorque, onde ocorreram os ataques terroristas que vitimaram quase 3000 pessoas. Passou também pelo Ruanda, em 2006, depois de o país ter sido assolado pela guerra civil.
Desde 2003 que a Cruz Peregrina conta com a companhia do ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, que retrata a Virgem Maria com o Menino nos braços. Este ícone foi também introduzido pelo Papa João Paulo II como símbolo da presença de Maria junto dos jovens. Com 1,20 metros de altura e 80 centímetros de largura, o ícone está associado a uma das mais populares devoções marianas em Itália. É antiga a tradição de o levar em procissão pelas ruas de Roma, para afastar perigos e desgraças ou pôr fim a pestes. O ícone original encontra-se na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma
No âmbito desta peregrinação, dois alunos, do 10º e do 12º anos, da paróquia de Espinho, com a colaboração dos jovens da paróquia de Anta, promoveram e organizaram a deslocação dos símbolos à nossa escola. O evento contou com a presença dos párocos de Espinho e de Anta, e ainda com os representantes do município e das duas juntas de freguesia.
O padre Artur Pinto, da paróquia de Espinho, deu início e encerrou a cerimónia. Esta contou também com a intervenção de alguns alunos que explicaram os propósitos das jornadas e que distribuíram um panfleto com o mesmo objetivo.
Esta atividade decorreu num espírito ecuménico, com grande alegria e entusiasmo por parte de todos os que se deslocaram junto dos símbolos.