Uma proposta outoniça
Atividade da "Semana Outoniça".
Os alunos do 12º A foram desafiados pela professora de Português, Ana Rosa Silva: era preciso escrever um curto poema sobre a estação do outono!
Todos aceitaram a proposta e a maior parte dos “poetas” da turma enviou o seu texto à professora que os compilou para serem expostos na Biblioteca da Manuel Laranjeira.
Agora, para publicar no Plural, foi preciso selecionar apenas alguns. Fez-se, então, uma votação, tendo sido selecionados os sete poemas que se seguem.
Outono é amarelo, vermelho e laranja,
o sucessor que o verão sempre arranja.
Outono é vento e folhas no ar
que, quando caem no chão, apetece pisar.
Outono é voltar a focar
na escola e no desporto que vão começar.
Do verão temos de recuperar
com ânimo e vontade para na nova estação entrar.
É tempo de reunir, recolher e aprender
a lidar com o frio que vamos ter,
porque embora custe a habituar
às mantas e kispos vamos ter de voltar.
Outono é matar saudades dos marmelos e das castanhas
e, no Halloween, rir das manhas e fugir das aranhas.
Outono é o que cada um quiser que seja,
porque o que toda a gente deseja
é ser feliz nesta e em todas as estações
e ter um lugar guardado em todos os corações.
Matilde Mendes
Outono
Altura das árvores carecas,
altura das constipações e enxaquecas…
Altura das folhas no chão,
altura do “nem é inverno nem é verão”!
Alturas das chuvas safadas,
altura das verdadeiras orvalhadas…
Altura do aranque escolar,
altura das 8 da manhã com o alarme a tocar!
Altura das vindimas e da abóbora,
altura de testes e de ouvir a professora…
Altura com que toda a gente implica,
altura da implantação da República!
Termino assim, com efeito,
este poema assim posto,
sim, o outono é perfeito,
para quem tem mau gosto.
Santiago Rey Oliveira
Outono
Vão as folhas caindo levadas pelo vento…
e assim fico passando o tempo.
Ao vê-las passar aos molhos,
que tristes ficam meus olhos!
A chuva vai caindo,
os pensamentos fluindo
embalados pelos ruídos em uníssono…
Assim é o outono!
João Brandão
O outono chegou!
Cores de fogo e troncos despidos,
primeiros arrepios e adeus
sentidos.
O sol fica, mas não aquece
e tudo arrefece.
Chega a melancolia desta
saudade
que sinto ao ver o teu calor desaparecer.
Despeço-me da luminosidade
que vai com o rápido entardecer.
Ana Carolina Vieira
Outono
Meu querido outono,
finalmente chegaste
e que sorte a minha,
já tinha saudades!
Relembras-me a minha infância,
na escola a brincar,
com um cartucho na mão
cheio de castanhas a escaldar.
Meu querido outono,
é impossível não amar
as lindas folhas nos jardins
para os jovens namorar.
As folhas começam a cair
e o vento mais forte a soprar.
No entanto, com as tuas cores,
tudo parece acalmar!
Duarte Sá
Dou adeus ao calor do verão,
pois o outono espreita a cada árvore despida.
Como uma lágrima, caem as folhas no chão
e desce a temperatura numa breve despedida.
Tudo se transforma nestas estações,
como uma criança que nasce num choro de esperança,
que cresce ao vento de primaveras de ilusões
e na adolescência encontra o desfolhar da mudança.
Outono, de sorriso aberto e amarelado,
rouba um beijo de mil cores,
mas como um velho sábio atarefado,
prepara o regresso das mais belas flores.
Alexandra Moreira
Ouve o silêncio!
Urano e Eolo já se encarregam de trazer pelos céus o vento.
Tocadas por um leve sopro, esvoaçam suavemente as folhas.
O cheiro a castanhas não mente,
numa doce mistura a chocolate quente –
o outono chegou!