R – E – S – P – I – R – (A) – M – A – R – [ TE ] . . .
Quero Respirar . . .
Inspirar lembranças e até mesmo esperança
D’um possível futuro.
Expirar o abandono e o sofrimento do meu braço gélido
A enfraquecer, faminto pelo teu toque,
Sem nem sequer saber como o seria.
Deixa-me somente Respirar-Te . . .
Quero Amar . . .
Reconhecer novamente a tua voz
Escutá-la por detrás da taciturnidade
Dos nossos desencontros
Criar calmaria na minh’alma
Nem que seja um quarto de uma migalha
(E, de preferência, a maior de todas elas.)
Deixa-me somente Amar-Te . . .
É engraçado ou até mesmo irónico pensar
Que Respirar seja constituída por oito letras e
Que Amar por quatro, portanto metade.
Metade da minha respiração é baseada em Amar-Te
E não me dás sequer a quantia dessa possibilidade
Para o fazer . . .
Permite-me.
Somente permite-me
R – E – S – P – I – R – (A) – M – A – R – [ TE ] .