jornal plural do agrupamento de escolas dr. manuel laranjeira

PORTUGAL … hoje

     Tendo como motivação a frase “[…] o poeta exalta as glórias do passado com a mesma força com que hasteia a mediocridade do presente, ignorando os protocolos da epopeia.” (Teresa Carvalho, Jornal i, 12-06-2018), o professor João Paulo Reis, na disciplina de Português, pediu aos alunos da turma C do 11º ano, que desenvolvessem a seguinte reflexão:

     Se Camões vivesse hoje e escrevesse uma nova epopeia, que “glórias” e que “mediocridades” do povo português cantaria?

     Eis um dos textos.

Luís de Camões, na sua obra Os Lusíadas, tanto enaltece os grandes feitos realizados pelos heróis portugueses do passado como critica a decadência dos valores morais no país do seu tempo. No meu ponto de vista, se Camões fosse vivo e escrevesse uma nova epopeia, “ignorando os protocolos”, escreveria sobre as invenções que o povo realizou, no caso das “glórias”, e a má gestão da economia, no caso das “mediocridades”.

Em primeiro lugar, Portugal é dotado de grandes mentes humanas que, para além de contribuírem com grandes descobertas a nível científico, constroem fantásticas tecnologias. Podemos tomar como exemplo a “Via Verde”, um pequeno dispositivo eletrónico, desenvolvido pela universidade de Aveiro, que permite pagar as portagens presentes nas autoestradas sem a paragem do veículo. Assim, Camões cantaria o valor e o mérito destes homens pela grande obra criada.

Por outro lado, o autor d’ Os Lusíadas criticaria, recorrendo a um discurso assertivo, a malsucedida gestão financeira do país, realizada pelos sucessivos governos portugueses. De facto, é o que podemos observar no desequilíbrio entre a inflação que ocorre nos dias de hoje e o valor do salário mínimo, não permitindo um bom nível de vida à maioria dos portugueses.

Em suma, as invenções realizadas pelos portugueses e a deficiente gestão financeira são glórias e mediocridades, respetivamente, e iriam ser ilustradas por Luís de Camões na epopeia Os Lusíadas, caso ele vivesse e escrevesse nos tempos de hoje.

 

André Rocha, aluno do 11° C
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