jornal plural do agrupamento de escolas dr. manuel laranjeira

Operação “Areal Limpo”

     Quem gosta de praia e de mar sabe que tem de os preservar. Por si e pelos outros, surfistas, praticantes de bodyboard ou, simplesmente, apreciadores da natureza são ecologistas. É o caso dos alunos do 11º D/D1, que, por esse motivo, elegeram o tema da preservação ambiental para o seu projeto de Cidadania e Desenvolvimento.

 

 

     Cerca de 80 % dos detritos encontrados no ambiente marinho têm origem em atividades realizadas em terra e, a cada ano, aproximadamente 10 milhões de toneladas de lixo acabam nos mares e oceanos do planeta.

     Pensa-se que apenas uma pequena parte do lixo marinho esteja a flutuar ou dê à costa, 70 % está depositado no fundo do mar. Ao contrário dos materiais orgânicos, o plástico, o pior “pesadelo” do ambiente, nunca «desaparece» na natureza e acumula-se, principalmente nos oceanos, indo afetar a saúde global do ambiente marinho. As amostras de água do mar contêm seis vezes mais plástico do que plâncton e a sua ingestão não se limita a um ou dois indivíduos, afetando cardumes inteiros e bandos de aves marinhas. Acresce dizer que algumas das espécies de peixes que ingerem plásticos são uma presença regular no nosso prato. (Informações recolhidas num artigo da Agência Europeia do Ambiente, de 2014, e atualizado em 2021.)

 

     O lixo marinho é um problema transfronteiriço: quando chega ao mar, não pertence a ninguém. E, se assim é, quem o vai resolver?

     Acreditando que este é um assunto de extrema importância e de todos nós, os alunos da turma resolveram abraçar a causa e começar por eles mesmos, dando o exemplo.

     Assim, entre outras atividades, acompanhados pelo professor de Educação Física, Hélder Silva, todos foram, mais uma vez, à praia, onde conciliaram desporto e cidadania.

     Nesta última sessão de limpeza da praia, em junho, os alunos apanharam 7 quilos de lixo. Fazendo a sua triagem, verificaram que, destes, 4 quilos eram recicláveis, o que nos deve deixar a pensar.

     Na verdade, não chega intitularmo-nos “ecologistas” ou manifestarmo-nos “preocupados com o ambiente”. O que é realmente urgente é mudarmos as atitudes individuais do nosso dia a dia.

Dulce Braz, DT do 11º D/D1

“O mar começa aqui!”

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