jornal plural do agrupamento de escolas dr. manuel laranjeira

O JORNAL também é notícia

     Muito se aprende com a imprensa, mesmo que se consultem jornais já bem antigos.

Lembram-se de Almeida Garrett e da sua tão original obra Viagens na Minha Terra? Pois bem, como era moda na época, ela foi publicada originalmente em folhetins na Revista Universal Lisbonense entre 1845 e 1846.

Pirata da Imprensa – 1989
Plural – 2022

     Mas o primeiro jornal português nasceu bastante antes, um ano depois de Portugal recuperar a independência, a 1 de dezembro de 1640. A Gazeta da Restauração foi aproveitada por D. João IV e seus apoiantes como “um excelente instrumento de propaganda” para legitimar o novo poder e como forma de denegrir os feitos dos espanhóis. (Há 383 anos, as relações entre o poder político e o jornalismo já davam que pensar!)

     Na verdade, a imprensa é fundamental para a cultura e para a democracia de um país.

     Mas também na Escola os jornais podem ter um papel importante na divulgação de projetos e atividades, assim como no conhecimento que queremos ter das pessoas que compõem a comunidade escolar.

     Por este motivo, a equipa do Plural resolveu fazer uma pequena exposição retrospetiva sobre os jornais que foram sendo feitos no Agrupamento: o Pirata da Imprensa e o Gaivota, respetivamente, na Manuel Laranjeira e na Sá Couto, e o Plural, como jornal de todo o Agrupamento de Escolas Dr. Manuel Laranjeira (AEML), a partir da sua constituição.

     Primeiro, com a colaboração dos professores Adélia Reis e João Paulo Reis, que trabalham na biblioteca da Manuel Laranjeira, foram lidos os jornais disponíveis para se conseguir selecionar alguns artigos mais interessantes. Não foi fácil porque, se alguns recordavam acontecimentos relacionados com as escolas, com Espinho ou com o país de “antigamente”, outros faziam lembrar pessoas que por cá trabalharam (alunos, funcionários e professores).

     Depois, nos últimos quinze dias de dezembro, realizou-se a exposição (na qual colaborou a coordenadora das bibliotecas do Agrupamento, Manuela Lima), na qual todos puderam observar não só os artigos destacados, mas também os próprios jornais.

     Os mais antigos (cuidadosamente conservados graças ao cuidado da D. Fátima, desde 1989) são já uma autêntica raridade, ainda escritos à mão. Outros, “falam” do uso da máquina de escrever, mas, mesmo assim, a qualidade das suas imagens era bem diferente da que temos disponível hoje em dia e que está patente nas últimas edições do Plural.

     Se alguém perdeu a oportunidade deste encontro com a história da nossa imprensa, terá ainda ocasião de visitar esta exposição na biblioteca da Sá Couto, durante este segundo semestre.

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