Dia europeu das línguas
DA ESCOLA AZUL ÀS EXPRESSÕES DO MAR
Frases Idiomáticas
Para festejar o Dia Europeu das Línguas, a 26 de setembro, o professor Vítor Oliveira propôs aos alunos que procurassem expressões sobre os temas “água”, “oceano”, “mares”, entre outros, relacionando-os com o projeto “Escola Azul”, um programa educativo que tem como missão sensibilizar os jovens para a sustentabilidade do oceano. Segue-se alguns dos resultados dessa pesquisa.
‘Quem anda no mar aprende a rezar’
A escola Dr. Manuel Laranjeira relacionou a celebração do Dia Europeu das Línguas com o projeto “Escola Azul”, destinado a defender o oceano e a promover a sua limpeza, procurando que a comunidade diga NÃO à poluição das praias da nossa costa e do mar.
O professor de Português pediu aos alunos do 11º E que fizessem uma pesquisa sobre a palavra “mar” e o seu campo lexical. Recolhi várias expressões idiomáticas e o enunciado que considerei mais interessante e diferente foi “Quem anda no mar aprende a rezar”.
O sentido deste ditado popular sugere que se deve lutar sem desanimar, acreditando sempre, de modo a podermos alcançar sonhos e objetivos de vida. Dado os perigos vividos no oceano e o respeito a ter pelas forças do mar, interessa resistir, persistir, mas tendo consciência de que há algo que não se controla na totalidade. Daí o ato de rezar, de respeitar o que possa condicionar a nossa vida.
Na língua portuguesa, o aforismo que selecionei pretende, por um lado, significar que na vida nem tudo é “um mar de rosas”, pois há espinhos, obstáculos e adversidades; por outro lado, nele transmite-se a ideia de que é necessária certa dose de trabalho, esforço e humildade para os ultrapassar com sucesso.
Da pesquisa que efetuei em outras línguas, apenas encontrei uma breve tradução na língua germânica, com o mesmo pensamento: “Wer im Meer, lernt beten”.
Em síntese, gostaria de salientar que os aforismos, registos da cultura popular, encerram conhecimentos profundos sobre a vida e o mundo.
João Julião, aluno do 11º E
‘Filho de peixe peixinho é’
A expressão por mim selecionada foi “Filho de peixe peixinho é”, cujo significado consiste no seguinte: quando um filho (ou filha) segue a profissão ou tem características do pai ou da mãe, identifica-se pelas semelhanças.
Para celebrar o Dia Europeu das Línguas, farei a tradução da minha expressão em inglês (“Like father, like son”), em alemão (”Der Sohn eines Fisches ist ein Fisch”), em francês (“Le fils d’un poisson est un petit poisson”) e em espanhol (“Hijo de pez, el pez es”).
Com esta atividade, foi possível conhecer algumas expressões idiomáticas e aprender o seu significado, bem como novas maneiras de nos expressarmos noutras línguas e culturas.
Afonso Freitas, aluno do 10ºF
‘Não há mar bravo que não se amanse’
A expressão que eu selecionei foi “Não há mar bravo que não se amanse”, que significa que, por muito que algo de negativo aconteça, seja um acontecimento seja um estado emocional, no fim tudo fica bem e volta ao normal.
Esta expressão pode ser traduzida para outras línguas como, por exemplo, espanhol (“no hay mar embravecido que no se calme”), inglês (“there is no rough sea that does not become calm”), francês (“il n’y a pas de mer en colère qui ne se calme pas”) e alemão (“es gibt kein raues nur, das nicht liebt”).
Para concluir, direi que esta atividade permitiu uma aprendizagem onde pudemos descobrir mais sobre outros idiomas.
Mariana Rodrigues, aluna do 11ºF
‘Cada tubarão com a sua presa’
A frase que eu escolhi foi ’‘Cada tubarão com a sua presa’’, que significa que cada um deve focar-se no seu objetivo e não no dos outros.
A expressão tem tradução em algumas línguas, como, por exemplo, em inglês (‘’Every shark with its grip’’), em francês (‘’Chaque requin avec sa proie’’), em dinamarquês (‘’Hver haj med sit bytte’’) e em espanhol (“Cada tiburón con su presa’’).
Com esta atividade pude concluir que, com uma simples palavra, podemos obter várias expressões e ditados com significados diferentes.
Bianca Belinha, aluna do 10º G
‘Puxar a brasa à sua sardinha’
A expressão que me foi atribuída foi ‘’Puxar a brasa à sua sardinha’’, que faz referência a uma situação em que alguém age em benefício próprio, sem se importar com as consequências que isso possa trazer aos outros.
Esta expressão tem tradução em algumas línguas, como, por exemplo, em inglês ‘’To feather his own nest’’; em francês, ‘’Tirer la couverture à soi’’; em alemão, ‘’Ouf seinen eigenen vorteil bedacht’’ e, em espanhol, ‘’Tocar mi própria trompeta’’.
Com esta atividade pudemos concluir que, a partir de uma simples palavra como ‘’oceano’’, podemos obter as mais variadas expressões e ditados com distintos significados.
Alexandra Silva, aluna do 10ºG
‘A água silenciosa é a mais perigosa’
A expressão que me foi atribuída foi “A água silenciosa é a mais perigosa”, que significa que se a água (metáfora de “males”) não se ouvir, não se pode preveni-la.
Esta expressão tem tradução em inglês, em francês e em espanhol, respetivamente, “Silent waters are the most dangerous”, “L’eau silencieuse est la plus dangereuse” e “El agua silenciosa es la más peligrosa”.
Com esta atividade pudemos concluir que, a partir de uma simples palavra, como ‘’água’’, podemos obter as mais variadas expressões e ditados com distintos significados.
Mateo Costa, aluno do 10ºG
‘Nem tanto ao mar nem tanto à terra’
A expressão que selecionei foi “Nem tanto ao mar nem tanto à terra”, que tem como significado a noção de equilíbrio, excluindo exageros.
Este aforismo existe em outras línguas como, por exemplo, o inglês, “Not so much not so less”, o espanhol, “No tanto al mar no tanto a la tierra”.
Com esta atividade, pude aprender bastantes expressões da língua portuguesa associadas ao campo lexical de Oceano.
Francisca Maganinho, aluna do 10º F
‘O mar não está para peixe’
Depois de várias pesquisas e da divulgação dos trabalhos da turma, observei que alguns provérbios se repetiam inúmeras vezes e, por isso, decidi selecionar um menos comum. A expressão que escolhi foi “O mar não está para peixe”. Esta é utilizada para descrever uma situação menos favorável para alguém. É também usada em outras línguas, como no espanhol (“El horno no está para bollos”), inglês (“These are hard times”) e francês (”Les temps sont durs”). Apesar de a construção frásica ser diferente, o significado é equivalente ao do provérbio português.
Mariana Oliveira, nº16 11ºF
‘Maré de sorte’
Das seis expressões que recolhi, a escolhida foi “Maré de sorte”, que significa que o dia nos está a correr maravilhosamente bem, sem nenhum contratempo. Esta frase, embora não tenha tradução possível em algumas línguas, em inglês diz-se “Tide of luck”; em latim “Aestus fortuna”, em coreano “Hang-un-ui-muulgyeol”, em espanhol “Marea de suerte” e, em alemão, “Gluckswelle”.
Em suma, esta atividade permitiu melhorar a aprendizagem sobre a nossa e outras línguas.
Maria Rocha, aluna do 10º F
‘Quebrar o gelo’
Na pesquisa que fiz, gostei particularmente da expressão “Quebrar o gelo”. Esta pode ser utilizada para referir momentos de maior constrangimento que podem ocorrer quando estamos com pessoas com quem não nos sentimos muito à vontade.
A expressão pode ser encontrada em outras línguas europeias, tal como o inglês (“Break the ice”), o francês (“Briser la glace”), o espanhol (“Quebrar el hielo”) e o alemão (“Brechen das Eis”).
Esta atividade despertou o meu interesse, pois tive a oportunidade de conhecer o equivalente de sequências frásicas portuguesas noutras línguas.
Daniela Lourenço, aluna do 11ºF
‘Andar à toa’
A expressão que selecionei, “Andar à toa”, significa andar sem rumo ou despreocupado, tendo origem na palavra “toa” que designa a corda que servia para rebocar barcos. O seu equivalente noutras línguas é: “Wander around”, em inglês; “Marcher sans but”, em francês; “Caminar por nada”, em espanhol; “Zet vengerden”, em alemão.
Com este trabalho aprendi que a nossa língua, como outras, é rica em expressões e provérbios populares.
Ivan Silva, aluno do 10º F
‘Fazer uma tempestade num copo de água’
A expressão selecionada para este trabalho é “Fazer uma tempestade num copo de água”, dito que tem origem na obra Os Miseráveis, de Victor Hugo. Utiliza-se para exprimir uma preocupação ou reação exagerada perante algo que não é assim tão grave.
Não existe uma tradução literal desta frase noutras línguas, por se tratar de uma expressão idiomática. Podemos, no entanto, encontrar enunciados que lhe são equivalentes. Assim, em inglês utiliza-se a expressão “To make a mountain out of a molehill”, que, traduzindo, significa “fazer uma montanha de um montículo”; em francês, “ T’en fais toute une montagne” é a expressão correspondente. Já os alemães dizem “Mücke einen Elefanten” e os espanhóis “Hacer mucho lío por nada”.
Esta atividade ajudou-nos a olhar para algumas expressões portuguesas e conhecer a forma correspondente em outros idiomas.
Gonçalo Oliveira, aluno do 11ºF