Demonstração de trabalho artesanal com vidro

     A atividade ” Demonstração do trabalho artesanal com o vidro” foi promovida pelo grupo de Física e Química e apresentada por um artesão, o Sr. Julião.  Foi feita a articulação entre esta atividade demonstrativa do trabalho artesanal com o vidro e a sua integração nos conteúdos disciplinares de Física e Química.

     Durante os dias 14 e 15 de fevereiro, no polivalente da escola Manuel Laranjeira, os alunos do ensino básico e secundário que frequentam a disciplina de Físico e Química, puderam observar uma forma de reutilizar vidro antigo ou reciclado de lâmpadas fluorescentes. Estas, quando colocadas no lixo, podem libertar substâncias perigosas para o ambiente e para a saúde pública. No entanto, quase todas as lâmpadas podem ser recicladas, pois são compostas por cerca de 90 % de vidro. O vidro é um material que, dada a sua estrutura, pode ser reciclado várias vezes sem perda de qualidade.

     Depois de retirado o pó branco existente no interior das lâmpadas, fica o vidro que vai ser aquecido e moldado na chama do maçarico. Esta chama pode atingir temperaturas muito elevadas, de algumas centenas de graus Celsius, e o vidro, com o calor fornecido pela chama, transforma-se numa massa e dilata. Esta massa, enquanto está quente, pode ser moldada, permitindo que as lâmpadas em fim de vida ganhem novas formas.

     Dois aspetos interessantes ainda sobre o trabalho com vidro: quando o vidro está quente, por estiramento, pode obter-se tubos mais finos; soprando, podemos obter formas arredondadas, entre outras, de acordo com o fim a que se destina e a criatividade do artesão.

     As peças de vidro criadas, com formas de patos, cisnes, entre outras, ganham nova vida ao serem enchidas com um líquido colorido (água e corante alimentar, de diversas cores). As peças de vidro são depois fechadas nas extremidades.

     Nas disciplinas de Físico e Química, os professores envolvidos explicaram aos alunos a necessidade da reciclagem das lâmpadas fluorescentes, dada a perigosidade do pó branco que existe no seu interior.

João Macieirinha, membro do Clube de Jornalismo