São os finalistas que recordam o vivido, na mistura expectante e ansiosa de maior crescimento com o que está para vir; são os que cá ficam, na vontade de ter férias e na expectativa de (re)encontros; são os assistentes a (re)organizar o que o frenesim diário não permitiu, seja pelo que foi seja pelo que está para vir; são os professores a ultimar o que todo um ano ainda tem de balanço, mais o que importa antever para futuro próximo; são os pais a solicitar e a receber informações (em escala numérica, em termos de apreciação, em modo de explicação / justificação) com sentido de orientação. Com o ano letivo prestes a encerrar, convivem momentos de festa com o sentido contínuo do dever; revela-se o muito que ainda há a fazer, a cumprir, e a desgastar quem pretende fazer tudo pelo melhor. Assim se cumpre a Escola, enquanto instituição organizada na senda de um conjunto de aprendizagens, de competências, de exercício profissional com o qual todos se afirmam também no exercício da sua cidadania.
Numa sociedade tomada por exigências, oportunidades e desafios, a Escola coabita com todos eles; também com as ameaças, os perigos, as fragilidades e as vivências críticas. Os espelhos e as perceções que destes se fazem são construções, imagens frequentemente exploradas e exponenciadas por noções, opiniões por vezes simplistas, feitas à semelhança da impressão, da opinião fácil, do imediato e do inconsequente. Nesta medida, o papel da instituição escolar ganha maior relevância: na função acrescida de educação e de construção de cidadãos criticamente sustentados e intervenientes numa sociedade cada vez mais multifacetada; num testemunho de tolerância, de solidariedade, de inclusão, de abertura e de trabalho rigoroso, colocando todos os intervenientes numa atuação de forte sentido público, pautado de responsabilidade, profissionalismo e resiliência, sem esquecer o valor participativo de parceiros que, em muito, podem e devem contribuir para um sentido de bem comum, a partilhar e a conjugar.
O jornal Plural tem aqui um papel fundamental, ao refletir o trabalho produzido no AEML; ao acessibilizar informação a vários setores da comunidade; ao divulgar e reforçar também a identidade de cada um dos seus quatro estabelecimentos de ensino e de aprendizagem, num aprofundamento das relações e do sentimento de pertença. Neste sentido, o próprio título convoca como ele pode ser diverso, abrangente, num sinal primordial na criação de oportunidades de reflexão alicerçadas em torno de temas, iniciativas, aprendizagens. A sua publicação em formato digital e em suporte papel reconhece as vantagens e as mais-valias de ambos e de cada um; multiplica inteligências; explora diversas formas de comunicar, das mais imediatas às mais mediatas e mediadas pelo pensamento crítico. Tem de haver tempo(s) para tudo.
Tempo de abrir outro(s) ciclo(s).
Na partida de uns e na chegada de outros, nova(s) realidade(s) se prepara(m): um novo ano letivo, com as dinâmicas e a oferta formativa que se preparou entre a continuidade e alguma novidade; a “internacionalização” do AEML (como Escola eTwinning e agrupamento Erasmus+); cinquenta anos para um 25 de abril que Espinho e a escola vivenciaram com o país e importa comemorar; cinquenta anos de uma escola sede que, em outubro de 1975, viu o Liceu Nacional de Espinho receber nas novas instalações de então “linhas modernas e agradáveis” (DE, 06.09.75) para 1804 alunos, distribuídos pelos 3 anos do Cursos Geral dos Liceus (1268 alunos) e pelos 2 anos de Curso Complementar (536 alunos), além de assistir ao surgimento da Associação de Pais e Encarregados de Educação e da Associação de Estudantes. Estes são marcos que o tempo deixa, que a memória recupera e fazem sentido distinto, de futuro, na revisitação, na celebração e no reconhecimento de uma instituição feita de momentos, espaços e equipamentos, pessoas que cresce(ra)m no que hoje é O NOSSO AGRUPAMENTO.
