A Escola e a Ciência
Dia 8 de fevereiro, começaram a decorrer as diversas atividades agendadas para os dias do evento cultural Marés de Oportunidades.
Um dos laboratórios em que nos focámos foi o de Física, onde estava a professora Paula Margarida Silva, de Física e Química, e a docente responsável pelo meio digital do Clube Ciência Viva MLSpinae, a Dra. Maria José Álvares, professora de Informática. Talvez por isso tenhamos encontrado, no laboratório, o Microbit, um computador de placa única que utiliza um processador computacional para a realização de experiências.
Assim, falámos com a Dra. Maria José que nos disse «Trouxemos as placas Microbit para incentivar os alunos de Aplicações Informáticas (API) B do 12º ano a utilizarem materiais diferentes e diversificados, principalmente nas experiências “Micro Tesouro”, “Monstro dos ímanes” e “Desafio do som”!”».
Além disso, uma das atividades laboratoriais que nos chamaram mais a atenção foi aquela em que “o contacto de metal aquecido, neste caso uma lata de refrigerante, com água gelada causou um choque térmico devido à grande diferença de temperatura e da maior pressão existente nas paredes do material”, como explicou e demonstrou a Dra. Paula Margarida. Por outro lado, apreciámos a atividade que relaciona o volume de água deslocada, o conhecido “repouso da água” e o volume de ar que não deixa passar a água, o que leva a que um papel colocado dentro do copo não se molhe.
Em seguida, visitámos o laboratório de Química, onde verificámos que grande parte das experiências realizadas se podem reproduzir em casa, visto que os seus ingredientes se encontram nas nossas cozinhas. “A ciência está no nosso dia a dia. Queremos motivar os alunos a envolverem-se”, disse-nos a professora Isabel Pimentel. Esta professora teve a gentileza de demonstrar o “cocktail de densidades”, que consiste em juntar, em vários recipientes, uma certa quantidade de água com corante. Em cada um junta-se ainda uma quantidade de sal que vai variando nos diferentes recipientes, alterando a densidade, o que nos permite observar que não se misturam.
Ainda no mesmo laboratório, aprendemos a fazer perfumes com os alunos do 12º C, que espremiam alfazema com uma solução de água com álcool e escorriam o soro, o tal perfume, para um recipiente. Um dos alunos que realizava a atividade, Pedro Carvalho, acrescentou: “Sempre tive interesse em Química, mas não esperava que fosse tão difícil!”.
Por fim, no laboratório 4, de Biologia, a professora Marina Coelho, em representação do Grupo Disciplinar, explicou as diferentes experiências, por níveis diferentes, desde o mais simples como “Água sobe”, “Balão mágico” e o “Lenço seco” até aos mais elaborados como os “Caleidoscópios” ou a “Construção de galinhas com materiais sustentáveis”.
Neste laboratório, os participantes focavam-se essencialmente em atividades ecológicas, tais como a reciclagem de papel e a construção de “hotéis para insetos”. Esta última foi explicada pela aluna Mariana Nunes, do 12º A, que alertou para a importância dos insetos nos ecossistemas terrestres. Tivemos também a oportunidade de entrevistar o nosso colega André Guedes, do 10º A, que relatou para o nosso jornal: “A minha disciplina preferida é Biologia e Geologia, acho-a muito interessante!”. E acrescentou: “A atividade de que mais gostei foi a da observação das amostras de sangue, artérias e veias no microscópio”. Tivemos ainda a oportunidade de observar diversas preparações ao microscópio, uma atividade que desperta sempre o interesse de todos, permitindo revelar, através das lentes do microscópio, estruturas invisíveis a olho nu.
Em suma, os laboratórios foram espaços muito concorridos, em que professores e alunos mostraram interesse e empenho nas diferentes tarefas realizadas.