jornal plural do agrupamento de escolas dr. manuel laranjeira

25 de Abril: “Gritos de Liberdade”

     Os alunos das turmas E e E1, do 11º ano, concretizaram o projeto de Cidadania e Desenvolvimento, relacionado com a comemoração do 25 de Abril, o qual intitularam “Gritos de Liberdade”. Este contou com a participação das disciplinas de História e Cultura das Artes, Português, Filosofia e Geometria Descritiva A.

     O produto final passou pela criação de uma instalação, onde a peça central foi o megafone, símbolo de afirmação da liberdade durante o 25 de abril. O espaço de exposição organizou uma concentração de megafones colocados no chão, à volta de um escadote, o qual funcionou como polo de atração, exibindo um cartaz que identificava a atividade. Cada megafone integrava uma mensagem escrita em forma de manifesto. A peça foi concebida como um lugar de contemplação/fruição, mas, ao mesmo tempo, poderia ser utilizada como ponto de encontro de diferentes públicos onde se apresentariam/executariam atividades ligadas ao tema.

     O trabalho prévio de exploração de conceitos suscitados pelo tema, como a liberdade, a participação cívica e o exercício da cidadania, entre outros, levaram os alunos a refletir sobre a cultura de intervenção das novas gerações, culminando no desenvolvimento de textos onde cada um identificou as suas próprias causas, em contraponto com aquelas que figuram na nossa História coletiva, como é exemplo o 25 de Abril. Cada disciplina teve participações diferenciadoras: em HCA exploraram a perspetiva história dos grandes momentos de manifestação coletiva em Portugal; na disciplina de Filosofia trataram de discutir e identificar as grandes problemáticas/desafios/ inquietações das novas gerações; na disciplina de Português traduziram o resultado desse trabalho em pequenos textos (manifestos/palavras de ordem) que vieram a ser incorporados na peça final de apresentação cujos componentes foram criados e montados na disciplina de Geometria Descritiva A.

     O projeto dirigiu-se a toda comunidade educativa, incitando os visitantes a interagir com a peça de apresentação, num pequeno exercício (preparado ou improvisado) que apelava à capacidade de afirmação individual, enquanto estimulava o desenvolvimento da autoconfiança e consciencializava para a participação cívica. O resultado foi de grande aceitação por parte de todos os intervenientes, não só pelo significado e importância do tema, mas, sobretudo, pela dinâmica que criou de animação do espaço escolar bem como da implicação interativa de quem quis desfrutar do projeto.

Miguel Topa, professor de Artes Visuais
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