jornal plural do agrupamento de escolas dr. manuel laranjeira

Conhecendo-me melhor

O meu nome é Rita, tenho 12 anos e vivo com a minha família, em Esmoriz.

O meu nome é Rita, tenho 12 anos e vivo com a minha família, em Esmoriz.

Hoje, vou partilhar as minhas esperanças e os meus receios, os meus pensamentos e as minhas prioridades.

Bem, para este ano eu já não espero nada, porque todas as certezas que tínhamos, agora, não as temos.

Neste momento, os meus pensamentos focam-se na fome, na guerra, na pandemia. Todos me dizem que sou demasiado nova para me preocupar com estes problemas, mas a verdade é que me sinto na obrigação de fazer algo. O mundo que antes conhecíamos como bom, hoje, está a ser destruído.

Sozinha, não consigo mudar nada, mas juntos conseguiremos fazer a diferença!

Atualmente, o que mais gosto de fazer é deitar-me no sofá e ver todas as séries disponíveis no momento. É a única coisa que me traz conforto.

Por outro lado, não posso deixar de pensar nas pessoas sem casa, sem família, sem amigos, sem nada. Se há algo de que eu não gosto, é deste outro lado da realidade…

Com a chegada desta nova doença, muitas das coisas “normais”, antigamente permitidas, são agora proibidas.

Ficar trancada em casa, inicialmente, parecia desagradável, porém revelou-se interessante. Abriu-me um leque de novas experiências, as quais eu não fazia ideia de que existiam. Estar em casa fez-me crescer enquanto filha, enquanto irmã…enquanto pessoa. Fez-me pensar naqueles que não têm para onde ir, não têm para onde fugir… e, mais uma vez, senti-me agradecida, porque, apesar de tudo, nunca estive tão bem.

Para estar bem com a vida, só preciso de três coisas: família, aquela que tenho e que ainda hei de ter; um bom emprego – quero fazer parte dos serviços especiais, para pôr um “basta” nas injustiças deste mundo, pois concordo com o facto de todos termos de dar o nosso contributo para a humanidade; por último, também preciso de ser feliz, junto dos que me amam, junto dos que eu amo!

Para concluir, espero que este ano corra bem, apesar de todas as incertezas. Espero que nos possamos proteger uns aos outros e que tudo possa voltar à normalidade o mais rapidamente possível.

Rita de Oliveira Sá
(texto revisto e adaptado pelo 7ºA)

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